Wednesday, June 19, 2024

Ambulantes dizem que não conseguem trabalhar na região do Terminal Gentileza e pedem novo local

Trabalhadores estão desde Quarta-feira de Cinzas (14) sem a principal fonte de renda


Bruno Moreira Machado,
Giovana Fernandes Bulhões e
Maria Clara Coutinho.
Fonte: G1.GLOBO.COM
28/02/2024


Ambulantes pedem um novo local para trabalhar após proibição de vendas no Terminal
g1.globo.com


Ambulantes cadastrados pela Prefeitura do Rio e que trabalhavam perto da rodoviária, denunciam que perderam o local de vendas depois da inauguração do Terminal Intermodal Gentileza, no Santo Cristo, na região central da cidade. Eles contam que estão sem poder trabalhar na área desde a quarta-feira de cinzas (14) e pedem por um novo local.

Os camelôs contam que foram surpreendidos pela Guarda Municipal, que pediu que se retirassem do local, alegando impedimento de trabalhar por conta da inauguração do terminal. Eles questionaram sobre onde iriam trabalhar e dizem que os agentes não souberam responder. E que todas as barracas que estavam no local foram recolhidas, com ou sem a presença de seus donos.

O Terminal Intermodal Gentileza foi inaugurado na última sexta-feira (23) e começou a funcionar no sábado (24).

Uma placa foi instalada indicando a proibição do comércio de mercadorias e que quem não respeitar pode ter seus itens apreendidos. Uma equipe da Guarda Municipal fiscaliza o movimento na região. Todos os ambulantes que pedem um novo lugar para trabalhar possuem a Tuap em dia.

A Tuap - Taxa de uso de área pública – é um documento que possui a identificação do ambulante, o local permitido e o tipo de mercadoria autorizada para a venda em feiras livres, feiras móveis, feiras de artes, feiras especiais e feiras de antiquários.

Os ambulantes afirmam que acreditam que a prefeitura acertou na construção, mas errou em não criar alternativas pra quem trabalhavam na região. “Trabalho aqui há 35 anos. Sobrevivo e pago minhas contas daqui. Tudo o que tenho eu devo ao meu trabalho e, do nada, tiraram meu ganha-pão. As contas já vão chegar e eu não sei o que vou fazer”, contou Eliane de Lima Silva que trabalhava embaixo da Avenida Francisco Bicalho com autorização da
prefeitura.

Ela não é a única a ter problemas com a falta de trabalho. Erika Silva, que atua na mesma região, afirma que precisa de espaço. “É difícil porque estamos sem lugar pra trabalhar. O dinheiro acabou e não posso colocar novamente porque o guarda vem”, disse a camelô. Ari Silva conta que está faltando comida em casa. “Ontem eu comi dois pães. Eu não tenho dinheiro pra pagar aluguel. Só peço que eles tenham um pouco de consideração com o camelô. Não somos baderneiros, somos trabalhadores”, desabafou.

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